novembro 16, 2006

Uma Década Juntos!

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Todos os dias são especiais só pelo fato de estarmos vivos, mas hoje é um dia especial pra mim e pro meu amor: estamos completando uma década de namoro!!!!

Dez anos juntos e parece que começamos a namorar hoje.
O tempo passou e nossa união só se fortificou com tudo o que vivemos até hoje e sei que será assim ainda por muito tempo.
Que venham mais dez, mais mil, mais a eternidade!!!
Com licença mas eu vou me declarar.....
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Omar, EU TE AMOOOOOOOOOO!!!
E pra celebrar a data aí vai a letra de uma canção que ele adora...
Paixão (Kledir)
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar
Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Do que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou
Fonte:
Meu coração pula de alegria por estarmos juntos!
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E espero que todos tenham seus amores.
Até o próximo post!

novembro 14, 2006

E Pra Concluir ... Belo Horizonte.

E encerrando os posts sobre as cidades que já visitei: um pouco sobre a história de Belo Horizonte. Na verdade não cheguei a conhecer muito a cidade, pois foi uma viagem de trabalho em que passei fazendo treinamento por uma semana em um Hotel Fazenda em Jaboticatubas, próximo de BH, mas deu para, pelo menos, dar uma caminhada perto do hotel em Belo Horizonte, ir a um shopping...
O ARRAIAL DO CURRAL D’EL REI

Ao iniciar o século XVIII, a questão do abastecimento dos gêneros alimentícios na região das minas é extremamente grave. O ano de 1701 é conhecido na história de Minas Gerais como o ano da fome. O bandeirante João Leite da Silva Ortiz, contrariando os anseios de todos os companheiros, não se deixou seduzir pelo ouro, pois, quando chegou à região onde hoje está Belo Horizonte, resolveu dar início, ali, à atividade agrícola, visando o abastecimento dos arraiais que começavam a se estabelecer.

Uma carta de Sesmaria assinada pelo governador Antônio de Albuquerque Coelho e Carvalho, em janeiro de 1711, contemplou João Leite com uma imensa extensão de terras, que hoje totalizaria quase toda a área de Belo Horizonte. Esta localidade ficou conhecida com o nome de Fazenda do Cercado.

Quando João Leite decidiu partir para Goiás em 1721, a Fazenda do Cercado foi vendida para Antônio Teixeira Pinto. A partir daí, foram surgindo pequenas propriedades rurais atraídas pela prosperidade da Fazenda do Cercado. O lugar passa, então, a ser conhecido com o nome de Curral d’El Rei. No ano de 1750, o local foi elevado à freguesia.

Existem duas versões para o nome Curral d’El Rei. A primeira diz que havia no local um curral onde o gado era reunido para ser contado e preparado para ser distribuído pela região das minas. Após ter sido feita a contagem, fazia-se o pagamento de impostos à Coroa Portuguesa. Pela segunda versão, existiu, aqui, um curral de aluguel pertencente a um dos parentes de Tomé Portes d’El Rei. Após ter passado pelo Registro de Contagem, onde se pagavam os impostos, o gado pernoitava nesse curral.

Durante dois séculos, XVIII e XIX, a vida transcorreu pacata e tranqüila no Curral d’El Rei. Após a Proclamação da República, o “Club Republicano” do Curral d’El decide mudar o nome do Arraial que se tornara naquele momento impróprio frente à nova ordem política. Terra Nova, Santa Cruz, Nova Floresta, Cruzeiro do Sul, Belo Horizonte e Novo Horizonte foram os nomes sugeridos. O nome votado foi o de Novo Horizonte, que havia sido proposto pelo Juiz de Paz e presidente do “Club Republicano”, José Carlos Vaz de Melo. Ele foi à Ouro Preto para fazer o pedido ao Governador João Pinheiro, que, em um primeiro momento, relutou na troca do nome alegando dificuldades administrativas. Devido à insistência do Coronel Vaz de Melo, João Pinheiro concordou em mudar o nome, mas achou inexpressivo o nome proposto. Quando foram apresentados os outros nomes da lista, o governador escolheu o nome Belo Horizonte. No dia 12 de abril de 1890, foi assinado o decreto nº 36. “O doutor governador do Estado de Minas Gerais resolve determinar que a freguesia do Curral D’el Rei, município de Sabará, passe a denominar-se d’ora em diante Bello Horizonte, conforme foi requerido pelos habitantes da mesma freguesia. Neste sentido expeçam-se as necessárias comunicações. Palácio, Ouro Preto, 12 de abril de 1890 – João Pinheiro da Silva.”

A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL

7 de abril de 1891 – O Dr. Augusto de Lima, governador provisório de Minas Gerais, enviou uma mensagem ao Congresso Constituinte Mineiro pedindo a mudança da capital e indicava o arraial de Belo Horizonte como o lugar ideal para construí-la.

“... Nenhum, porém, preocupa mais o espírito público de que sois legítimos órgãos, nenhum mais se impôs à meditação do Governo, desde a administração dos meus últimos antecessores, até hoje, do que aquele que tem por objetivo dotar o Estado de uma nova Capital, que seja um centro de atividade intelectual, industrial e financeira, e ponto de apoio para a integridade de Minas Gerais, seu desenvolvimento e prosperidade, pois que de tais condições carece, infelizmente, a atual Capital, tão prestigiada, entretanto, pelas recordações que formam o mais caro patrimônio histórico do povo mineiro. O Governo, no intuito de concorrer para a solução desta magna questão, depois de estudá-la em todas as suas faces, nomeadamente quanto à localização mais apropriada à edificação da nova cidade e de habilitar-se com os esclarecimentos e informações exigíveis, chegou à conclusão de que nenhum outro lugar reúne maior soma de condições para o fim de vista do que o planalto denominado Belo Horizonte, no Vale do Rio das Velhas, no município de Sabará, onde possui o Estado considerável extensão de terrenos...”

Assim, com a atividade mineradora completamente esgotada há mais de um século e a economia mineira centrada da cafeicultura e na criação de gado, o Estado sentia a necessidade de uma nova capital. A justificativa do governo no parágrafo pode ser entendida como:

- Uma capital que assegurasse a unidade territorial que estava ameaçada pelas oligarquias do sul e da zona da mata.

- A jovem república brasileira tinha como filosofia a modernização do país, como diz o lema da bandeira nacional – ordem e progresso. O desejo dos republicanos mineiros era de mostrar a todo Brasil uma cidade que simbolizasse o espírito da modernidade.

- Ouro Preto representava uma velha ordem, um passado colonial e imperial, mas, também era local que deveria ser preservado, ali estavam as sementes da liberdade, o berço da Inconfidência Mineira. Em 1892, um grande monumento em homenagem a Tiradentes começava a ser erguido na Praça da Independência, em Ouro Preto, que passava, então, a se chamar Praça Tiradentes.
Foi, assim, constituída uma comissão de 11 membros para estudar a implantação da nova capital. Após os estudos, no dia 28 de outubro de 1891, foi promulgada a Lei nº 1, adicional à Constituição, que, oficialmente, transferia a capital.

14 de julho de 1892 - Afonso Pena era empossado como o primeiro presidente eleito do Estado. Dando continuidade aos trabalhos de seu antecessor, designou, em 9 de dezembro do mesmo ano, o Engenheiro paraense Aarão Reis para chefiar a comissão que fez o levantamento das localidades indicadas – Barbacena, Juiz de Fora, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte.

1893 - O engenheiro Aarão Reis apresentou seu parecer final. “Entre a Várzea do Marçal e o Belo Horizonte é difícil a escolha, em ambas, a nova cidade poderá desenvolver-se em ótimas condições topográficas, em ambas, é facílimo o abastecimento d’água e a instalação de esgotos, ambas oferecem excelentes condições para as edificações e a construção em geral, e se, na atualidade, a Várzea do Marçal representa melhor o Centro de Gravidade do Estado e acha-se já ligada por meios mais rápidos e fáceis de comunicação com todas as zonas, - daqui a algumas dezenas de anos Belo Horizonte melhor o representará, de certo, e mais diretamente ligada ficará a todos os pontos do vasto território mineiro.” (Comissão Construtora).

17 de dezembro de 1893 – no governo do Presidente de Estado de Crispim Jacques Bias Fortes é promulgada a lei nº 3 adicional à constituição do Estado de Minas Gerais, que aprovou o plano elaborado por Aarão Reis para a nova capital na localidade de Belo Horizonte.

A CONSTRUÇÃO DA NOVA CAPITAL

12 de dezembro de 1893 – Foi aprovado o plano elaborado pelo engenheiro Aarão Reis para a nova capital.

14 de fevereiro de 1894 - Através do Decreto nº 680, é criada a Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis.

5 de março de 1894 – Iniciaram-se as obras. Em pouco tempo, todo o arraial de Belo Horizonte deixou de existir. Suas casas e capelas foram demolidas. Construíu-se uma cidade como se nada tivesse existido ali. Ruas, avenidas e praças surgiam de acordo com os projetos. 430 propriedades foram desapropriadas a um custo de 841.666$360 mil réis. Os moradores tiveram que se retirar para as vizinhanças. O censo realizado em 1890 revelava que o arraial dispunha de 172 casas, 16 estabelecimentos comerciais, 31 fazendas, 40 fábricas de farinha e 16 engenhos de cana.

“Enfim, quanto havia de mais notável no arraial em vias de cidade estava na Rua General Deodoro. E durante o dia, enquanto as dinamites estouravam pedreiras nas pedreiras; enquanto os comboios do Ramal, apitando a cada momento, transportavam os materiais para as construções; enquanto se ouvia a cantilena dolente dos operários na faina de seus trabalhos na rua General Deodoro era aquele contínuo desfilar de homens calçados de botas, todos com o pensamento voltado para o dia 17 de dezembro de 1897, último prazo constitucional estabelecido para a mudança da Capital.” (Abílio Barreto)

As construções foram avançando e, em dezembro de 1897, as vias públicas, cinco edifícios públicos, serviços de água, esgoto, iluminação, ramal férreo, estação ferroviária estavam prontos.
A Cidade de Minas - assim se chamava a nova capital - deixava assombrados os antigos moradores do velho arraial do Curral d’El Rei e os futuros moradores, funcionários públicos que vieram transferidos de Ouro Preto.Todo o planejamento era algo extremamente inovador, já que rompia completamente com o “urbanismo colonial”.

Quase todos os proprietários foram indenizados em espécie, outros preferiram fazer a troca por lotes dentro da área planejada. A quantia recebida pela indenização, em grande parte dos casos, não foi suficiente para a compra de lote na nova cidade. Ver o arraial desaparecer aos poucos, e com ele a história de gerações, a perda da identidade, foi para muitos um duro golpe que acabou levando-os à opção de se mudarem para outras localidades. Para outros, a tristeza. O projeto de Aarão Reis, ordenado dentro dos melhores conceitos de urbanismo da época, não se preocupou com espaços para a classe operária. Circundada pela Avenida do Contorno, a área planejada na questão de residências só tinha espaço para os profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos. Assim, às margens da Contorno, foram surgindo bairros populares fora do planejamento oficial. “O projeto de Aarão Reis é minucioso, sofisticado, segregacionista e elitista. O plano da cidade determina o espaço a ser ocupado tanto pelas atividades (habitat, trabalho, lazer e administração pública, por exemplo) quanto pelas classes sociais, preservando e isolando as de maior poder aquisitivo.” (BH Verso e Reverso).

O Padre Francisco Martins Dias deixou suas impressões do que via acontecer com seu velho arraial. “Belo Horizonte é hoje um contraste de velharias e novidades: ao pé de uma cafua de barro, coberta de capim ou zinco, eleva-se um edifício velho do Curral d’el Rei, surge um primoroso palacete da Nova Capital; junto de uma estreita e pobre rua, formada de casas e choupanas de todos os tons e categorias, que atestam a modéstia ou pobreza dos antigos habitantes do Curral, estira-se, desafrontada, larga e extensa rua da nova cidade. Mas essas cafuas, essas velhas casas e essas ruas irregulares do Curral vão desaparecendo, pouco a pouco, ao passo que, como que por encanto, surgem outras novas.” (1897).
A Cidade de Minas - A primeira cidade planejada do Brasil

12 de dezembro de 1897 - O grande dia! Com todos os festejos, a Cidade de Minas que custou aos cofres do governo 36 mil contos de réis foi inaugurada.“ O dia 12 começou com uma salva de 21 explosões de dinamite, já que não existiam canhões em Belo Horizonte. Duas bandas de música fizeram a alvorada, tocando em todas as ruas da cidade. Às 11 horas, partiu um trem especial, levando chefes da comissão construtora e de festejos ao encontro do governador do estado, que tinha partido de Barbacena pela madrugada. O governador aqui chegaria às duas horas da tarde, sendo recebido por oito mil pessoas, na praça da Estação. O cortejo seguiu em direção à Praça da Liberdade, passando pela avenida Amazonas, rua Espírito Santo, avenida Afonso Pena, rua da Bahia, rua Guajajaras e avenida da Liberdade.

Enquanto pétalas de rosas caíam sobre o povo, o governador Bias Fortes assinava o decreto número 1.085, que foi referendado por todos os secretários e lido ao povo pelo oficial de gabinete, dr. Estevão Lobo. Novamente, ouviu-se uma salva de dinamites e três bandas de música tocaram o Hino Nacional. Mais tarde, foi cantado em público o solene “Te Deum”. Terminavam as solenidades oficiais, mas pela noite afora continuariam as festas populares, com os jornais “A Capital” e “Bello Horizonte” lançando edições especiais...no dia 13, foi extinta a comissão construtora e, a 29 de dezembro, nomeado o primeiro prefeito, Adalberto Ferraz Luiz.” (De como nasceu aqui a Capital de Minas, Estado de Minas).

Quanto custa uma nova capital. A construção de Belo Horizonte custou ao tesouro do Estado 36 mil contos de réis!

Novamente Belo Horizonte

1901 – O nome Cidade de Minas escolhido para a nova capital acabou não agradando, nem a políticos, nem à população. Em 1901, o presidente do Estado, Silviano Brandão, sancionou a lei que designava o nome Belo Horizonte para a capital mineira.
Em resumo Belo Horizonte teve as seguintes denominações,

- 1711 a 1890 - Arraial do Curral d’El Rei

- 1890 a 1897 - Belo Horizonte

- 1897 a 1901 - Cidade de Minas

- de 1901 em diante - Belo Horizonte

A capital não parou mais de crescer. Em 1902, inaugurou-se o serviço de bonde; em 1908, já era o segundo produtor têxtil de Minas Gerais com quatro fábricas e 407 operários. O censo de 1912 registrou 40.365 habitantes, dos quais 11% eram estrangeiros, em sua maioria italiana. Em 1935, a especulação imobiliária já começa a preocupar a administração municipal, que elabora um decreto para tentar controlá-la. A administração Juscelino Kubitschek, na década 40, trouxe profundas transformações. Pavimentações, urbanização de novos bairros, criação do museu histórico e a obra máxima – o conjunto arquitetônico da Pampulha, composto pela Igreja de São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Cassino, hoje, Museu de Arte da Pampulha, sem dúvida, o grande atrativo turístico de Belo Horizonte.

A década de 50 se inicia com a capital abrigando 352.000 habitantes. A cidade ganhou o serviço de ônibus elétricos e sua vida cultural se desenvolve com o surgimento de novas revistas e jornais, formação de corais, salões de arte. Nos anos 60, Belo Horizonte mostra que deixara definitivamente de ser uma cidade administrativa para se tornar uma cidade industrial e um grande centro comercial. Essa foi base que consolidou Belo Horizonte como a 3ª metrópole do país.
Belo Horizonte faz divisa com os seguintes municípios: Ribeirão das Neves (norte e noroeste), Santa Luzia (norte e noroeste), Sabará (leste), Nova Lima (sul e sudeste), Ibirité, (sudoeste), Contagem (oeste e nordeste).

A Região Metropolitana hoje é formada pelos municípios:

1. Baldim
2. Belo Horizonte
3. Betim
4. Brumadinho
5. Caeté
6. Capim Branco
7. Confins
8. Contagem
9. Esmeraldas
10. Florestal
11. Ibirité
12. Igarapé
13. Itaguara
14. Itatiaiuçu
15. Jaboticatubas
16. Joatuba
17. Lagoa Santa
18. Mário Campos
19. Mateus Leme
20. Matozinhos
21. Nova Lima
22. Nova União
23. Pedro Leopoldo
24. Raposos
25. Ribeirão das Neves
26. Rio Acima
27. Rio Manso
28. Sabará
29. Santa Luzia
30. São Joaquim de Bicas
31. São José da Lapa
32. Sarzedo
33. Taquaraçu de Minas
34. Vespasiano
Fonte:
http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco da história desses lugares e termino esse post sabendo que tenho outra viagem de trabalho já marcada para Campo Grande/ Mato Grosso do Sul. Na volta farei um post sobre minhas impressões sobre a cidade, ok?
Até o próximo post!

novembro 13, 2006

Sobre Viamão e Santa Catarina...

Olá amigos,
Espero que estejam todos bem.
Voltei depois de umas breves férias. Aproveitei esse tempo para descobrir que não sou viciada em computador e internet, pois consegui ficar distante sem maiores traumas - aliás sem nenhum trauma, só saudade dos blogs; e também aproveitei para recarregar as baterias, pois meu trabalho vai ser dureza daqui pra frente, ou melhor, já está sendo - final de ano é fogo pra contador!
Fiquei devendo a continuação dos posts sobre as cidades, então pagando...
História de Viamão
No século XVIII o território do atual Rio Grande do Sul já deixara de ser apenas uma zona de passagem entre Laguna e Colônia do Sacramento. A riqueza de seus campos já fizera com que colonizadores aqui se fixassem. E entre esses, inclusive um dos integrantes da frota de João de Magalhães, Cosme da Silveira, que já em 1725 se teria localizado em terras do atual município de Viamão.

Em 1741, Francisco Carvalho da Cunha estabelece-se nos campos de Viamão, no sítio chamado Estância Grande, onde ergueu a capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição. Com a vinda de elementos açorianos, a quem foram doadas várias sesmarias, o povoamento recebeu grande impulso.

Elevada à categoria de freguesia em 1747, por ocasião da invasão castelhana (1766) se instalava nela a sede do governo da capitania. E em 1880 desmembra-se de Porto Alegre para tornar-se vila e sede do município. A importância histórica e social de Viamão iniciou quando foi sede das primeiras estâncias de criação de gado. Os grandes rebanhos de gado e cavalos, que existiam na campanha do Rio do Prata, transitavam por Viamão para serem comercializados em Laguna (SC).

A partir de 1732, O Rio Grande de São Pedro - como era conhecido o Rio Grande do Sul - passou a atrair colonizadores que se radicaram na região de Viamão. O município, portanto, foi um dos primeiros núcleos de povoamento do Estado (formado por lagunenses, paulistas, escravos e portugueses). Só a apartir de 1752 chegaram os primeiros casais de imigrantes açorianos, que desembarcaram na região de Itapuã. Esses açorianos são os mesmos que colonizaram a região dos Porto dos Casais, atual capital do Estado. Além de Porto Alegre, a população de Viamão originou cidades como Santo Amaro, Triunfo, Rio Pardo, Taquari e as cidades do litoral norte. Os habitantes primitivos foram os índios mbyá-guaranis e kaingangs.

Em 1763, a cidade recebeu o governo do RS, que tinha a sede na Vila do Rio Grande, e que transferiu devido à invasão do estado pelos espanhóis. Viamão se conservou sede do governo até 1773. Nesta época, a sede foi transferida para Porto dos Casais (atual Porto Alegre). Viamão também foi palco de operações militares na época farroupilha. Até hoje, restos de embarcações farrapas repousam no fundo das águas do Guaíba, em Itapuã, no canal a Ilha do Junco e o Morro da Fortaleza.

A origem do nome Viamão é muito controversa. Uma das versões é a de que, a certa altura do Rio Guaíba, pode-se avistar cinco afluentes (rios Jacuí, Caí, Gravataí, Taquari e dos Sinos), que formam uma mão espalmada. Daí a frase: "Vi a mão". Conforme alguns, seria originário do nome "ibiamon", que significa "Terras de Ibias" (pássaros). Outros afirmam que seria uma passagem entre montes, o que chamavam de via-monte. E existe ainda o relato de que teria como origem o antigo nome da província de Guimarães, em Portugal: Viamara.
E abaixo fotos da Igreja Matriz de Viamão dedicada a Nossa Senhora da Conceição - onde ocorreu meu casamento em 2000.
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Laguna foi base do expansionismo
Laguna ocupa hoje uma área de 353 Km2. Localizada a 120Km ao sul de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, abriga uma população estimada em 70 mil habitantes. Fundada em 1676 por bandeirantes vicentistas sob a liderança de Domingos de Britto Peixoto e seus filhos Sebastião e Francisco de Britto, foi definida como último porto meridional seguro que apresenta garantia de abrigo a navegação costeira.

A definição de seu sítio de implantação já estava condicionada por este elemento. Os relevos geográficos que garantem a segurança de atraque para as naves pioneiras desaparecem ao sul do Cabo de Santa Marta, com raríssimos acidentes, até o canal de São Pedro.

A sensibilidade dos navegadores certamente não deixaria de se fixar nestas condicionantes, principalmente quando sabemos da fragilidade das embarcações de então a procura do anfiteatro natural e silencioso de suas colinas.

Em 1494, Laguna serviu de referência ao Tratado de Tordesilhas, acordo entre os poderosos, Portugal e Espanha, que dividiram em fatias seus interesses expansionistas. Portugal, ao contrário do que previa o acordo, pretendia instalar-se na margem esquerda do Rio do Prata, passando assim a se integrar ao comércio da região. No sec. XVIII, Portugal conquista a colônia do Sacramento, mas acaba sitiado pelos espanhóis. Laguna torna-se então a alavanca de apoio para o envio de tropas e alimentos. Ficava claro a opção militar de Laguna e todo o sul da colônia. O sistema de defesa da Ilha de Santa Catarina é exemplo deste período.

A Coroa Portuguesa passa, em 1748, a promover a imigração de Açorianos para a região, que precisava de quem produzisse alimentos e homens para seus projetos. Em 1742, a Coroa já havia desligado Laguna do governo paulista, integrando-a ao poder central, crescendo o descompromisso com a vida econômica e social da região. Eram as bases do movimento revolucionário Farroupilha.

Ao final do séc. XIX, desenvolveu-se a exploração do carvão de pedra na serra de Lauro Muller, tornando Laguna o principal ponto de abastecimento de carvão para o centro do país. Neste período, se inicia a imigração italiana, alemã, e polonesa para Santa Catarina, incrementando seu desenvolvimento. Foi um período de grande riqueza para Laguna, condição econômica para o nascimento de um novo acervo da arquitetura eclética em suas ruas estreitas e agitadas.

Com o surgimento do Porto de Imbituba, de maior calado, e a criação de grandes rodovias, sinais evidentes do processo de industrialização do país, Laguna perdeu sua condição estratégica, permanecendo relativamente isolada e voltada basicamente à produção de peixes, camarões e seu pequeno comércio. Como consequência a cidade preservou-se até hoje com importantes marcas da sua história, refletidas em seu traçado urbano, situação geográfica e casarios que espelham seus diversos momentos vividos.

Laguna atualmente está inscrita no "Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico" como patrimônio histórico do Brasil, publicado no Diário Oficial da União em 13/03/85, pg 4414, primeira seção.
História de Florianópolis
A Ilha de Santa Catarina com seu Porto de Nossa Senhora do Desterro foi uma das principais portas de entrada para o Brasil Meridional. Suas duas excelentes baías, que constituíam um ancoradouro ideal em qualquer vento, e a dócil população nativa permitiram à ilha se tornar um porto de abastecimento e um ponto de apoio estratégico para o Atlântico Sul e para a Baía do Prata.
Os primeiros registros do povoamento europeu na Ilha de Santa Catarina datam do início do século XVI e coincidem com a abordagem intensiva de exploradores de madeira, aventureiros e estrangeiros de diversas procedências e origens, que acorreram ao litoral brasileiro, tentando configurar a posse e ocupação jurídica do território.
Estes viajantes europeus transitaram e estacionaram na ilha e sua imponente Baía dos Patos, mais tarde conhecida, em alusão ao estreito que tem entre as baías do Norte e do Sul, pelo nome de Y-Jurirê Mirim. Esta gente, não deixou o mínimo núcleo de população no lugar, porquanto o seu único objetivo era a exploração das riquezas que constava existirem no Prata. A ilha que permanecia habitada apenas por índios, passou a receber diversos nomes, entre eles, Ilha dos Patos, e Meyembipe, palavra indígena que significa ilha costeira.
Inicialmente foram alguns náufragos, degredados, desertores e contrabandistas de madeira, provenientes também das primeiras expedições portuguesas e espanholas ao sul do Brasil que se fixaram na região próxima do que viria a ser Desterro. A população nativa local, composta por índios carijós, foi gradativamente abandonando as terras insulares e se dirigindo para o interior do continente fronteiro.
A partir de 1530, o território entre o Maranhão e Santa Catarina foi dividido em 12 faixas lineares, limitadas a leste pelo Atlântico e a Oeste, pela linha convencional das Tordesilhas. A Ilha de Santa Catarina foi então incluída na Capitania de Santo Amaro e Terras de Sant´Ana, numa extensão de território que ia desde Cananéia até Laguna, e foi doada a Pero Lopes de Souza, por volta de 1534, quando se iniciou um pequeno povoamento. Isto possibilitou o início da ocupação oficial da costa catarinense, através da fundação de diversas vilas, entre elas Nossa Senhora do Rio São Francisco (1658), Nossa Senhora do Desterro (1662) e Santo Antônio dos Anjos da Laguna (1682).
A fundação efetiva da Póvoa de Nossa Senhora do Desterro ocorreu por iniciativa do bandeirante paulista Francisco Dias Velho, por volta de 1651. Em 1675, Dias Velho ergueu uma cruz e, em 1678 deu início à construção da capela de Nossa Senhora do Desterro. A igreja primitiva definiu o centro do povoado e marcou o nascimento da Vila de Nossa Senhora do Desterro, podendo ser considerada o berço de Florianópolis. Aos poucos foi se processando uma ocupação litorânea, lenta e espontânea, por meio da concessão de sesmarias, que se fixaram com seus estabelecimentos agrícolas e pastoris.
A morte do fundador, ocorrida entre 1679 e 1680, provocou certa recessão no povoado e o extenso território, de precária delimitação, foi paulatinamente ocupado por novos moradores. Por volta de 1700, alguns povoadores viriam de São Francisco do Sul, Paranaguá, Cananéia, Santos e São Vicente, o que não chegou a arrancar o povoado da estagnação.
Um estímulo oficial aconteceria com a elevação à Vila, em 1726. Já em 1730, com a criação da Freguesia, o pequeno núcleo populacional foi reconhecido como capaz de alguma organização. O núcleo central da ilha denominada Santa Catarina passou a ser chamado Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, depois simplesmente Desterro.
A partir da fundação da Colônia de Sacramento (1680) e da consequente necessidade de dar-lhe cobertura militar, a ilha catarinense passou a representar um ponto estratégico de importância para a Coroa Portuguesa. A sua posição era valorizada por situar-se praticamente a meio caminho entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, na época as duas maiores cidades litorâneas da face atlântica da América do Sul. A localização geográfica e as vantagens físicas do porto desterrense impuseram-se às razões políticas e econômicas, justificando a criação da Capitania da Ilha de Santa Catarina (11/08/1738) e motivando a implantação do mais expressivo conjunto defensivo litorâneo do Sul do Brasil e, posteriormente, uma campanha de povoamento.
O Brigadeiro José da Silva Paes foi designado à frente da Capitania (05/08/1738) e organizou o seu sistema de defesa. Construíram-se as fortalezas de Santa Cruz, na Ilha de Anhatomirim (1738), de São José da Ponta Grossa (1740), de Santo Antônio na Ilha de Ratones Grande (1740), e de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Sul (1740).
Com este evento, o afluxo populacional tomou impulso, incrementando-se novas doações de sesmarias. De outra parte, a criação de cargos públicos promoveu a vinda de titulares graduados com suas famílias, dando lugar às primeiras guarnições e estimulando o paulatino reerguimento da Vila.
O efetivo povoamento da região foi enriquecido com a campanha migratória que transferiu em torno de 6.000 colonizadores açorianos para o sul do país e meia centena de madeirenses, principalmente no período de 1748 e 1756. Estes colonos criaram e desenvolveram comunidades, fundando diversas freguesias, tais como a da Santíssima Trindade, a da Lagoa da Conceição, a de Santo Antônio de Lisboa, a de São João do Rio Vermelho, a de Canasvieiras, e a do Ribeirão da Ilha.
Posteriormente, os açorianos também se dirigiram para o território continental e para o Rio Grande do Sul.
Até as primeiras décadas do século XX a Ilha de Santa Catarina era dividida entre quatro pólos principais a saber: a Freguesia de Santo Antônio de Lisboa, ao Norte, as Freguesias da Lagoa da Conceição e da Vila Capital ao centro e a Freguesia do Ribeirão da Ilha, ao sul. No continente, a centralização era representada pela Freguesia de São José da Terra Firme e Freguesia da Enseada do Brito.
A economia de Desterro era fraca e voltada para a subsistência, com períodos de modesto aquecimento, em função das atividades portuárias e do comércio de cabotagem.
No século XIX, Desterro foi elevada à categoria de cidade. Tornou-se Capital da Província de Santa Catarina em 1823 e inaugurou um período de prosperidade, com o investimento de recursos federais. Projetou-se a melhoria do porto e a construção de edifícios públicos, entre outras obras urbanas. A modernização política e a organização de atividades culturais e literárias também se destacaram, marcando inclusive os preparativos para a recepção ao imperador D. Pedro II (1845).
Com o advento da República (1889), as resistências locais ao novo governo provocaram um distanciamento do governo central e a diminuição dos seus investimentos. A vitória das forças comandadas pelo Marechal Floriano Peixoto determinaram, em 3 de outubro de 1894, a mudança do nome da cidade para Florianópolis, em homenagem a este marechal.
Ao entrar no século XX, a cidade passou por profundas transformações, sendo que a construção civil foi um dos seus principais suportes econômicos. A implantação das redes básicas de energia elétrica e do sistema de fornecimento de água e captação de esgotos somaram-se à construção da Ponte Governador Hercílio Luz como marcos do processo de desenvolvimento urbano da cidade do século XX e Florianópolis se afirmou como capital do Estado.
Hoje, a sua área territorial, compreende 436,50 km², sendo 424,40 km², referentes a Ilha de Santa Catarina e a área continental com 12,10 km² e com uma população de 271.281 mil habitantes. Fazem parte do município de Florianópolis os seguintes Distritos Administrativos: Sede, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Ratones, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa, São João do Rio Vermelho, Campeche e Barra da Lagoa, Canasvieiras, Ingleses do Rio Vermelho e Cachoeira do Bom Jesus.
Florianópolis tem sua economia alicerçada nas atividades do comércio, prestação de serviços, indústria de transformação e turismo. Recentemente a indústria do vestuário e a informática vem se tornando também setores de grande desenvolvimento.
Dentre os atrativos turísticos da capital salientam-se hoje, além das magníficas praias, e rústicas trilhas pelo interior da ilha, as pitorescas localidades onde se instalaram as primeiras comunidades de imigrantes açorianos, tais como o Ribeirão da Ilha, a Lagoa da Conceição, Santo Antônio de Lisboa, além do próprio centro histórico da cidade de Florianópolis, o excepcional conjunto de fortalezas oitocentistas, quase todo já restaurado, e sítios arqueológicos pré-históricos, que remontam a 4 mil anos.
Estes conjuntos arquitetônicos tradicionais, com seu casario geminado, suas igrejas oitocentistas, seus impérios e cruzeiros, compõem um ambiente onde práticas artesanais tradicionais, tais como a pesca, a produção de trançados com as redes, tramóias e a renda de bilros, de farinha de mandioca e aguardente de cana, de cestaria por exemplo, são ainda encontradas, destacando as características típicas do ilhéu e sua herança histórica de raízes açorianas. Verifica-se também a permanência das manifestações folclóricas de influência lusitana e açoriana, indicando uma estrutura sócio cultural transplantada dos Açores e da Madeira. Presencia-se, ainda hoje, as festas populares tais como a Folia do Espírito Santo, o Boi-de-mamão e o Terno de Reis.
Até o próximo post!!!