outubro 11, 2006

Sobre o Litoral e a Campanha...

Seguindo com a história das cidades que conheço hoje concluo o Rio Grande do Sul para posteriormente seguir por Santa Catarina e Minas Gerais.

Santa Maria do Herval

Entre 1929 e 1935 se estabeleceram em Morro dos Bugres os primeiros moradores, descendentes de alemães, oriundos das Colônias Velhas. Esses moradores dedicavam-se ao cultivo da terra; devido a adversidade do solo, transferiram-se para o local onde hoje situa-se a sede de Santa Maria do Herval, que apresentava um solo mais propício para o cultivo. Daí originou-se o novo Município de Santa Maria do Herval. Posteriormente novas famílias foram-se somando as já existentes. O progresso e o desenvolvimento foram incorporando-se na localidade. Primeiramente Santa Maria do Herval pertencia a São Leopoldo, depois passou a Distrito de Dois Irmãos. O nome de Santa Maria do Herval é uma homenagem a Santa Maria, Padroeira da primeira Igreja construída na localidade, a Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Também compõe a sua denominação a palavra "Herval" que ressalta uma característica florestal da região, que é a abundância de ervas.

Fonte: Quando não estiver citada outra fonte acima, a fonte do texto acima é a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, Prefeitura Municipal e/ou outros Colaboradores.
Histórico de São Gabriel

São Gabriel foi fundada em 02 de novembro de 1800 pelo espanhol Dom Felix de Azara. De lá para cá alguns fatos marcaram a povoação do Município.

Em 16 de dezembro de 1813, o Governador da Província mandou demarcar o terreno onde a cidade esta erguida.

Mais tarde em 1815, foi elevada à categoria de Capela Curada, tendo em sua sede um sacerdote permanente. Neste mesmo período foi Capital da República Riograndense.

Com a Lei Provincial n.º 8 de 04 de abril de 1846, São Gabriel foi elevada à categoria de município, com a instalação da Câmara de Vereadores, cujo presidente exercia o Poder Executivo.

São Gabriel historicamente é ligada às armas, TERRA DOS MARECHAIS, como é chamada, já que aqui nasceram os Marechais João Propício Menna Barreto, Fábio Patrício de Azambuja, o Presidente da República Hermes da Fonseca e Mascarenhas de Moraes, o comandante da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, durante as batalhas na Itália. Outros militares gabrielenses fizeram parte da história nacional, como o Coronel José Plácido de Castro, o desbravador que conquistou o Acre.

A vocação militar conviveu pacificamente com a poesia e outras artes, projetando para o Brasil o gabrielense Alcides Maia, o primeiro gaúcho admitido na Academia Brasileira de Letras e o Padre Leonel Franca, teólogo fundador da PUC do Rio de Janeiro.

A história política do Município conta com personagens como o Castilhista Fernando Abbott, Presidente do Estado e o Embaixador Francisco de Assis Brasil, fundador e líder do Partido Libertador.

São Gabriel é considerada o último reduto dos Carreteiros, o mais antigo meio de locomoção inventado pelo homem.

Fonte: http://www.saogabriel-rs.com.br/
História de Torres
O Município de Torres possui este nome devido à existência de três grandes rochedos de origem vulcânica, formados por rochas basálticas, do período Jurássico/Cretácio (Era dos Dinossauros), com aproximadamente 140 milhões de anos, que afloram à beira-mar, um aspecto único do Litoral Brasileiro.
São as seguintes as torres:
  • Torre do Norte (Morro do Farol);
  • Torre do Centro (Morro das Furnas);
  • Torre do Sul (onde está a Praia da Guarita).
Torres é um dos núcleos mais antigos do Estado. Era utilizado pelos índios carijós de Santa Catarina e Arachanes, do Rio Grande do Sul, que em seu comércio de trocas usavam uma picada, costeando os banhados dos sopés internos das Torres, começando na Praia Grande e indo até a de Itapeva.
Viviam também da caça e da pesca e se dedicavam a uma agricultura rudimentar.
Em 1500, as trilhas abertas em meio a matagais pelos índios começou a ser usada também por paulistas, compradores de índios, que os levavam a São Paulo como escravos. Estes caminhos transformaram-se no principal elo de ligação entre o resto do Brasil e os núcleos avançados do povoamento português, na Colônia do Sacramento (1679) e no Presídio de Rio Grande (1737).
Assim, Torres assumiu a importante função de controlar a estratégica passagem, na qual foi instalado um posto fiscal que logo se transformou em Guarita Militar da Itapeva e Torres (entre 1774 e 1776). Colonos e açorianos, vindos do Desterro (atual Florianópolis) e de Laguna, começaram a instalar-se na região.
Em 1809, Dom Diogo de Souza, Primeiro Capitão-Mor da capitania do RS, mandou reforçar a Guarnição de Torres e autorizou a construção de São Domingos das Torres, além de um presídio militar, construídos por prisioneiros.
Em 1826, 383 imigrantes alemães chegaram a Torres, mandados pelo Visconde de São Leopoldo, com a finalidade de criar novos núcleos coloniais. Foram divididos por religiões e formaram a Colônia de São Pedro de Alcântara (católicos) e Três Forquilhas ( protestantes).
Em 1837 foi criada a Freguesia de São Domingos das Torres, vigésima oitava da Província. Seu desenvolvimento deu-lhe o privilégio de ser também elevada à categoria de Vila e Município, o que ocorreu em 21 de maio de 1878.
Os habitantes primitivos que viviam na região Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina), quando ocorreu a chegada dos portugueses, eram índios carijós, minuanos e arachanes.
Entre os anos de 1600 a 1640, estima-se que viviam, no sul do país, cerca de quinhentos mil índios, que aos poucos foram desaparecendo por causa das doenças, escravidão e batalhas.
Através da documentação existente sobre os indígenas do litoral, podemos saber que os carijós eram dóceis e interesseiros. Por este motivo houve um comércio muito grande entre paulistas que vinham ao sul em busca de escravos, e os caciques. Entre os índios, os negociantes que ficaram mais famosos foram o cacique Tubarão, que deu origem à cidade de Tubarão e o cacique Maracanã. Aos poucos, a região foi ficando despovoada de índios. Sabe-se que, por volta de 1700, quando os lagunenses desceram pelo litoral, quase não encontraram índios.
(As informações desta página são uma colaboração do geólogo Jorge Augusto da Silva).
Concluindo as cidades do Rio Grande do Sul revisitei os meus antepassados, a minha cidade, revivi os passeios de escola por Gramado e Canela, a viagem de adolescente em Santa Maria do Herval, a nossa capital, lua-de-mel em Torres e casamento de amigos em São Gabriel e acabei de lembrar que não fiz referência a cidade de Viamão - onde eu casei - vai ficar pra próxima!
Para Informação: estarei dando férias aos computadores por alguns dias, portanto não poderei visitar os blogs amigos, mas em breve estarei de volta.
Me aguardem!!!!!

outubro 10, 2006

Sobre a Capital e a Serra...

A história da capital dos gaúchos
A cidade de Porto Alegre tem, como data oficial de sua fundação, a da criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, em 26 de março de 1772.
Mas o povoamento de Porto Alegre é anterior a essa data. A área foi ocupada por casais açorianos, trazidos para se instalarem na região das Missões, que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A troca havia sido acordada através do Tratado de Madri, de 1750.
A demarcação do território das Missões, entretanto, demorou a acontecer. Em 1752 o rei português mandou que Cristóvão Pereira de Abreu, com 200 homens, iniciasse a demarcação. Quando chegaram em Rio Grande — que então era a sede da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul — foi determinado que oitenta deles ficassem nas proximidades de Viamão, construindo canoas que permitissem o transporte até as Missões, e que os demais explorassem a subida do rio.
Os casais açorianos se fixaram, aos poucos, nesse local, que passou a ser chamado de Porto de Viamão — primeira denominação de Porto Alegre. Durante vinte anos ficaram na área, sem receber as terras prometidas e vivendo de uma agricultura de subsistência. Levantaram casas de barro e aos poucos se estabeleceram em terras que pertenciam ao sesmeiro Jerônimo de Ornelas.
Em 1772, a povoação foi finalmente desligada da jurisdição eclesiástica de Viamão, por uma pastoral do bispo do Rio de Janeiro, oficializando-se, assim, a Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais. Essa denominação seria mudada em janeiro do ano seguinte, para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre. Assim, a cidade nasceu antes do que se considera oficialmente, e resultou do fracasso da ocupação da região das Missões.
Ainda em julho de 1772, foram desapropriadas as terras em que a vila estava situada e se começou a marcação das primeiras ruas. Deu-se início à construção da igreja no Alto da Praia, atual praça Marechal Deodoro. Aos poucos, o lugarejo tomava feições de cidade. E, em 24 de julho de 1773, Porto Alegre passou a ser a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo.
A cidade iria evoluir rapidamente, sempre a partir de um pequeno núcleo que hoje constitui o seu centro. Em certos momentos, viveu episódios de tensão. Afinal, era a capital da capitania (depois província) mais meridional do Brasil, e que fazia fronteira com países com os quais houve diversos conflitos.
Mas o período mais prolongado de dificuldades da capital não foi devido a nenhum conflito externo, como a Guerra do Paraguai. Foi causado pela Revolução Farroupilha, que se iniciou com um enfrentamento realizado no dia 20 de setembro de 1835 na própria capital, nas proximidades da ponte da Azenha.
Com exceção dos primeiros dias, a capital gaúcha se manteria, durante os dez anos da revolução, nas mãos das tropas governistas. Mas era constantemente sitiada e os farrapos procuraram isolá-la ao máximo. A resistência a um dos vários cercos que sofreu nesse período é que lhe valeu o título, dado pelo Imperador, de "mui leal e valorosa".
Depois da Guerra dos Farrapos, a cidade retomou seu ritmo normal de desenvolvimento, permanecendo sempre no centro dos acontecimentos políticos e sociais do Estado e do país. Exemplos disto foram a ascensão de Getúlio Vargas, político gaúcho que se tornou um marco da história nacional, e o movimento da Legalidade, mantido pelo governo Brizola no início dos acontecimentos que conduziram ao Golpe Militar de 1964.
  • está entre as cidades mais arborizadas do mundo, com mais de um milhão de árvores, 409 praças, reserva biológica, nove parques urbanos e a maior concentração de pássaros do país.
  • localiza-se no centro do Mercosul, posição privilegiada em relação a outras cidades brasileiras.
  • possui afinidade cultural, comercial e idiomática com os países do Prata, fato relevante na integração do Estado ao Mercosul.
  • primeira cidade a implantar os Conselhos Tutelares e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
  • tem um trânsito modelo no país.
  • é referência nacional na Coleta Seletiva de Lixo, com 100% de recolhimento.
  • possui o maior índice brasileiro de creches comunitárias.
  • 1ª cidade da América Latina a possuir um Plano Diretor de Drenagem Urbana.
  • escolhida pela ONU, junto com outras três da América Latina (Lima, Loja e San Salvador) para integrar experiência piloto sobre Cooperação Intermunicipal, dentro do Projeto Apoio de Voluntariado das Nações Unidas à Solidariedade Internacional Municipal.

Fonte: http://www.portoalegre.rs.gov.br/

Gramado: História de uma terra e seu povo


A hospitalidade de Gramado está intimamente ligada a sua história. A área onde hoje está a cidade servia de passagem para tropeiros que tocavam o gado pelos campos de cima da Serra, no fim do século XIX. Quando chegavam ao topo da Serra, tanto tropeiros quanto imigrantes encontravam um pequeno campo de grama macia e verde que servia de repouso e revigorava suas forças. Este gramado, segundo alguns, foi responsável pelo batismo da cidade. Para outros, a origem do nome da cidade está em outra história: quando se desejava ir a Serra Grande (na época um dos principais acessos do Vale dos Sinos a serra), devia-se tomar extremo cuidado para não perder o momento de dobrar a esquerda em uma das curvas onde se erguia um imenso carrapicho, perto do qual corria um riacho.


A grama que ali crescia era muito suculenta, verde escura e com folhas largas. Na boca do povo este lugar era chamado de Gramado. Em 1875 registra-se a presença dos primeiros imigrantes na região: os lusos José Manuel Correa (Juca Lajeano) e Tristão José Francisco de Oliveira. Cinco anos mais tarde está registrada a chegada dos primeiros imigrantes alemães, João José Rath e Henrique Wasen, que elaboraram o primeiro mapa da região. Da região de Caxias do Sul vieram os primeiros imigrantes italianos. Ao mesmo tempo em que desenvolveu as tradições culturais dos descendentes europeus, a cidade também evoluiu misturando-se aos aspectos do gauchismo. O resultado pode ser encontrado ainda hoje na culinária variada e na arquitetura do município.

Fonte: http://www.gramado.rs.gov.br/content/category/7/32/49/

Canela

As primeiras notícias que se têm de Canela datam de 1860. O comércio era de gado e de suínos, e seus derivados eram transportados para Porto Alegre e municípios vizinhos. Canela era uma floresta de pinheiros de araucária e por eles iniciou o progresso. Grandes e numerosos madeireiros instalaram-se em Canela, em diferentes pontos territoriais, extraindo milhares de metros cúbicos de madeira por ano. O transporte inicialmente era feito por animais de tração. Em 1924 foi instalado em Canela o transporte ferroviário. O grande desbravador e incentivador de tudo foi o Cel. João Corrêa Ferreira da Silva, que trouxe a ferrovia e investiu nela.

O pequeno povoado era formado por famílias de fazendeiros, imigrantes alemães e italianos e, com o início das atividades industriais, logo Canela passou a ser passagem obrigatória entre os Campos de Cima da Serra e a capital do Estado. Tropeiros levando seus artigos para vender na capital, e a vinda de mascates de lá para venderem seus produtos nas fazendas. Em função deste movimento e sob a influência do clima e as paisagens naturais, começou logo a exploração turística, hoje tendo na Cascata do Caracol, o segundo lugar mais visitado do Sul do Brasil.

O município de Canela foi emancipado pela lei estadual nº 717, de 28 de dezembro de 1944, e a instalação do município ocorreu em 1º de janeiro de 1945.

Origem do Nome

A origem do nome da cidade vem de uma caneleira, árvore sob a qual os tropeiros descansavam e faziam suas pousadas.

Fonte: http://www.citybrazil.com.br/rs/canela/historia.htm

outubro 09, 2006

Sobre Camaquã e Sapucaia do Sul...

Continuando a postar sobre a história dos lugares que já visitei hoje será a vez de Camaquã, terra natal de meu pai, e Sapucaia do Sul, minha terra natal.
História de Camaquã

A região onde atualmente está localizado Camaquã já era conhecida desde os tempos coloniais de 1714. Por volta de 1763 diversos casais açorianos foram descendo para o Sul, localizando-se na margem esquerda do Estuário Guaíba e da margem direita da Laguna dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o rio Camaquã.
O povoamento da região foi despertado pelo interesse religioso e pecuário. A população cresceu com a vinda dos imigrantes: portugueses, franceses, poloneses, alemães, espanhóis, negros e com os já donos desta terra os irmãos indígenas. Constava do extenso território da Freguesia do Triunfo, as sesmarias do Cordeiro, do Duro e do Cristal de propriedade do Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, pai de Bento Gonçalves, que ao doar terreno na atual localidade da Capela Velha, 8º distrito, requereu autorização para fundar a Capela Curada de São João Batista de Camaquã.

Em 9 de dezembro de 1815 foi concedida a licença para a criação da capela. Esta é a primeira data oficial consolidando a criação de uma comunidade. É, portanto, seu fundador, segundo pesquisas do historiador Luis Alberto Cibilis, o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, doador do primeiro terreno para construção da Capela e o requerente da provisão que a criou. A 19 de abril de 1864, a Lei Municipal nº 569 cria o município de São João Batista de Camaquã. Camaquã possui também a riqueza de fatos históricos decorrentes do período da Revolução Farroupilha (1835-1845).
Como destaque os heróis como o General Bento Gonçalves da Silva, o general Antônio de Souza Netto, proclamador da República Rio-Grandense e o Revolucionário Italiano Giuseppe Garibaldi com sua fiel e brava companheira Anita Garibaldi.

Origem do nome
Dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado segundo o autor Antonio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem de Icabaquã e na língua tupi-guarani I significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade, correnteza. Então podemos concluir que o nome de nosso município vem do rio Camaquã que passa em nossa cidade.
Sapucaia do Sul
Pois é, meus pais, cada um de um lugar neste Estado, se encontraram, casaram e aos 21 dias do mês de outubro de 1973 - não tenho problema com idade, adoro ter 16 anos!!!! - deram a essa cidade uma nova moradora: EU!
A História do município pode ser divida em quatro fases:

A Fazenda Sapucaia

Também conhecida como a “Fazenda do Cerro”, foi fundada em 1737, pelo retirante da Colônia de Sacramento, o português Antônio de Souza Fernando. A fazenda localizava-se no sopé do Morro Sapucaia. A estância se estendia desde o rio Gravataí até o rio dos Sinos. Ao lado, localizava-se a “Fazenda Guaixinin-Sapucaia” que se estendia até Porto Alegre, de propriedade de Francisco Pinto Bandeira, genro de Antônio de Souza Fernando.

Para povoar essas fazendas, os tropeiros prearam o gado bravio que se criava selvagem pelos campos, remanescente do gado criado pelos padres jesuítas das missões, destruídas pelos bandeirantes. Por mais de um século, o meio de vida da região foi a criação de gado.

Os Matadouros

Já no final do século XIX, foram surgindo os matadouros no território de Sapucaia. No início do século XX, oito matadouros abasteciam toda a região, inclusive Porto Alegre. Por toda esta época as fazendas deram lugar a grandes invernadas, que recebiam o gado de outros lugares, das tropas e dos trens, em vagões especialmente preparados para tal.

Sítios de Lazer

Por volta de 1930, surgiu a moda, junto às famílias mais abastadas, de ter uma casa no campo. O distrito de Sapucaia distava apenas 25km de Porto Alegre, sendo ligada à Capital pelo trem, que fazia duas viagens diárias e tornou-se o local ideal para os sítios de lazer. Os grandes proprietários passaram a dividir suas terras em pequenos sítios, que eram comercializados principalmente na Capital. Nos fins de semana, as famílias se deslocavam de Porto Alegre para usufruir dos “bons ares” de Sapucaia. Havia abundância de frutas e verduras, leite fresco e os famosos beijus, que eram vendidos de porta em porta. Exemplos desses sítios são a “Quinta Johann”, ‘Quinta Leopoldina”, a “Quinta das Rosas”...

As Indústrias

A era da industrialização iniciou em 1940, com a construção da BR2, hoje BR 116. O governo do Estado e o Município de São Leopoldo concederam isenções de tributos a todas as empresas que viessem a se estabelecer nesta região. A primeira grande empresa que se estabeleceu no então distrito de Guianuba foi a empresa Vacchi e Cia LTDA. Logo depois, em 1946, chegava o Lanifício Riograndense S/A, hoje denominado de Paramount Lansul S/A. Em 1945 foi a vez da Siderúrgica Riograndense e do Lanifício Kurashiki do Brasil S/A instalarem-se no município.
Estas empresas, e outras, não mencionadas, transformaram o "7º Distrito de São Leopoldo" numa verdadeira potência econômica, encerrando a luta pela emancipação, ocorrida em 1961.

Em 1965, a Recrusul e a White Martins também vieram para o município.

Sapucaia chegou a ser o 7º município no ranking de arrecadação de ICMS do Estado. Tal imposto representa praticamente 75% do total de arrecadação municipal.

As indústrias trariam milhares de pessoas de todos os lugares em razão do número de empregros que geravam. Em 1920, Sapucaia tinha 880 habitantes. Em 1960, a população já alcançara a casa dos 18 000 habitantes. Atualmente o município possui 130 000 habitantes.

Bibliografia recomendada: ALLGAYER, Eni. História de Sapucaia do Sul. Porto Alegre: Mercosul, 1992
Nos próximos posts mais histórias.

outubro 06, 2006

Sobre Rio Pardo...

Vendo os lugares em que já estive pensei que seria interessante contar um pouco da história de cada um. Então vou começar por Rio Pardo.
O material que ora apresento foi retirado do site de uma fotógrafa que não nasceu lá, mas sua ligação com a cidade é como a minha: pelos avós (www.fotonadia.art.br/riopardo/index2.htm).
RIO PARDO é um município situado às margens do Rio Jacuí, que remonta aos primórdios do Rio Grande do Sul, um dos mais antigos do nosso Estado. É cortado transversalmente por este rio, que corre no sentido oeste-leste e no sentido norte-sul pelo Rio Pardo, de onde vem seu nome, devido às águas pardas deste afluente do Rio Jacuí, que só é navegável em épocas de cheias. Inicialmente, no século XVII e XVIII, compreendia quase 157.000 quilômetros quadrados, mais da metade do território do Estado, de onde se desmembraram mais de 200 municípios rio-grandenses. Localiza-se a aproximadamente 145 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (no extremo sul do Brasil) e a 35 km de Santa Cruz do Sul, cidade vizinha de colonização alemã.
Rio Pardo teve grande importância na história do Rio Grande do Sul pela guarda e expansão das fronteiras ao sul do Estado. Para tanto, esta cidade histórica essencialmente militar no início, construiu o Forte Jesus-Maria-José (1752), chamado mais tarde de ''Tranqueira Invicta'' por jamais ter sido tomado, por causa das divergências existentes entre portugueses e espanhóis.
Quando os portugueses e espanhóis disputavam este território, os índios tapes já há muito habitavam a região, depois de civilizados pelos jesuítas espanhóis das Missões Orientais, por volta de 1633. O bandeirante Antônio Raposo Tavares, comandando paulistas e índios tupis, atacou as reduções jesuítas em 1636, destruindo tudo aquilo que os religiosos tentaram civilizar e deixando as reduções fora da civilização por quase 100 anos. Em 1715 chegaram os primeiros colonizadores portugueses avulsos e em 1750, com o Tratado de Madrid entre Portugal e Espanha, os limites da cidade tiveram origem. A construção do Forte Jesus-Maria-José marcou a chegada dos primeiros colonizadores açorianos que foram povoando a cidade inicialmente em volta do Forte.
De 1752 a quase 1787, os açorianos dedicaram-se basicamente a agricultura e gado. O comércio também cresceu bastante nesta região que foi sede do Regimento dos Dragões. Este Regimento chefiado pelo Tenente-Coronel Tomáz Luiz Osório, que era tropa de cavalaria, foi enviado para Rio Pardo em 1754 para ajudar os portugueses nos constantes ataques dos espanhóis ao Forte. O governador de Buenos Aires, Dom Pedro Cevallos, não conseguiu tomar o Forte de Rio Pardo, batendo em retirada completamente desmoralizado e hostilizado por Rafael Pinto Bandeira, o Tenente dos Dragões, em 1763. Sepé Tiarajú comandou o ataque dos índios tapes ao Forte, que resistiu mais uma vez. Os militares que ali residiam, iam recebendo sesmarias e assim Rio Pardo ia se povoando e possuindo agora também homens de posse. Em 1789, inicia-se o ciclo da pecuária intensiva devido ao volume de sesmarias que estava aumentando.Em 1807 então foi criada a Capitania de São Pedro e em 7 de outubro de 1809, através do Decreto Real assinado por D.João VI, foi criado o município de Rio Pardo, juntamente com outras 3, Rio Grande, Porto Alegre, e Santo Antônio.
A partir daí o município que abrangia mais da metade do Estado, foi originando a maiorira dos outros municípios, perdendo grande parte de suas terrras. Defendeu sempre o Estado das invasões feitas pelo sul. Dalí partiam expedições que iam nos proteger dos espanhóis. O porto fluvial foi responsável por anos e anos de sucesso e prosperidade. A cidade era ponto de partida para o abastecimento das estâncias que foram se formando ao seu redor. Índios tapes, jesuítas espanhóis, bandeirantes, índios tupis, comerciantes, forasteiros, militares de todos os lugares, portugueses, espanhóis, açorianos, escravos negros...todos fazem parte das etnias da região. A arquitetura sofreu forte influência da colonização açoriana e portuguesa.
  • Em 1834, ocorreu a transferência do Regimento dos Dragões para Bagé.
  • De 1835 a 1845, a Guerra dos Farrapos.
  • Em 1846, Rio Pardo foi elevada à categoria de Cidade.
  • Em 1877, perde parte de suas terras para o município vizinho de Santa Cruz do Sul, de colonização alemã.
  • A partir de 1846, a cidade recebeu várias visitas da Família Real. Neste ano, o Imperador D.Pedro II e a Imperatriz Dona Tereza Cristina, visitaram Rio Pardo em viagem de pacificação, depois do final da Guerra dos Farapos.
  • Em 1865, a segunda visita de D. Pedro II à cidade foi acompanhada de o Conde D'Eu, Gastão de Orléans, esposo da Princesa Izabel.
  • Em 1885, o Conde D'Eu volta com a Princesa Izabel.
  • Em 1883 foi inaugurada a Ferrovia que vai da Margem do Taquari a Cachoeira, passando por Rio Pardo.
  • Em 1885 foi a vez da Estrada de Ferro, que vai de Porto Alegre a Santa Maria, tirando a importância dos portos fluviais de Rio Pardo, abalando o comércio e transformando a cidade em uma economia baseada na agricultura e na pecuária.
  • Em 1910 a pecuária está em franco progresso e a agricultura se desenvolve.
  • De 1925 a 1945, a cidade de Rio Pardo entra em um período de estagnação e começa a decair, enquanto as zonas de colonização alemã e italiana começam a prosperar assombrosamente.
  • Em 1950 foram instalados engenhos de beneficiamento de arroz.
  • Em 1954, o calçamento da Rua da Ladeira, hoje Júlio de Castilhos, foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Foi a primeira rua calçada do Estado.
Rio Pardo não foi oficialmente a Capital do Estado, mas foi sede de vários governos.
Esta cidade histórica responsável pela guarda e expansão das fronteiras do sul do Rio Grande do Sul e do Brasil, na América Latina, tem somente 3 bens históricos patrimoniais tombados:
  • Rua da Ladeira, hoje Júlio de Castilhos, construída em 1813 com grandes pedras irregulares e com escoamento central copiando a ''Via Appia'', ligando o antigo Forte Jesus-Maria-José ao centro da cidade - tombada em 1954 pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Brasil;
  • Igreja da Matriz Nossa Senhora do Rosário, construída em 1779, em 7 altares e 16 metros de pé direito e sacadas para os nobres assistirem às missas e eventos, tombada pelo Patrimônio Municipal de Rio Pardo em 1978;
  • Escola Militar, construída de 1846 a 1880, tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual em 1983.
Outros bens históricos não tombados , porém importantes são:
  • o Forte Jesus-Maria-José(''Tranqueira Invicta'') construído em 1752;
  • a Capela São Francisco construída em 1755, uma das mais antigas da história colonial, tem 7 imagens da Via Sacra e 1 imagem de Nossa Senhora da Boa Morte, todas em tamanho natural, que constituem o Museu de Arte Sacra da capela São Francisco que também não é tombado;
  • o Museu Municipal Barão de Santo Ângelo, casa em estilo português do século XIX que ainda tem uma senzala para escravos domésticos. Neste sobrado de 2 andares nasceu e viveu o Almirante Alexandrino de Alencar, Ministro da Marinha e do Supremo Tribunal , entre 1906 e 1922;
  • a Estrada de Ferro que ainda possui a caixa d'água de ferro de abastecimento do trem;
  • o sobrado de 2 andares onde funcionava o Forum na rua principal;
  • o Casarão Amarelo da esquina da Rua da Ladeira e outros bens históricos que avalizam a nossa história e perpetuam a nossa memória.

Espero que tenham apreciado a história - apesar de um pouco longa!

A próxima será Camaquã.

Até lá então!

outubro 02, 2006

Pensando em Férias...

O inverno passou, as temperaturas começam a subir e os dias vão ficando com cara de férias e pensando nisso comecei a relembrar os lugares que conheci nesses anos de vida - alguns conheci a trabalho, outros a passeio.
Gosto de viajar, conhecer novos lugares, pena não poder viver viajando, mas vamos ver minha, ainda, pequena lista de destinos conhecidos:
Começo com minha terra natal: Sapucaia do Sul - RS, imagem do Morro de Sapucaia

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Terra natal de meus pais: Rio Pardo - RS, imagem da Igreja Matriz

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E Camaquã - RS, imagem da Igreja no centro da cidade

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Serra gaúcha: Gramado - RS

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Canela - RS, Igreja de Pedra

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Santa Maria do Herval - RS, Cascata do Herval

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Litoral gaúcho: Torres - RS

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Capital: Porto Alegre - RS, vista do Cais do Porto

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Campanha gaúcha: São Gabriel - RS, imagem da Igreja no centro da Cidade

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Litoral catarinense: Laguna - SC, centro histórico

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Florianópolis - SC, Praia de Ponta das Canas


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Capital mineira: Belo Horizonte - MG


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E vocês por onde já andaram?