março 05, 2007

É a Vida...

Nenhum dia é igual ao outro mesmo, por mais que achemos isso.
Depois do feriado de Carnaval, em plena quarta-feira de cinzas, minha vida deu uma vira-volta: minha mãe sofreu um acidente doméstico, destes a que ninguém está imune, caiu na escada e quebrou o tornozelo, quanto sofrimento na hora e ainda estava por vir mais...
Quando a convenci, ou melhor, quando ela decidiu ir ao médico já eram mais de 6 da tarde, moro em frente a uma clínica médica, era só chegar e pagar, ledo engano: além de só ter clínico geral nem raio-X tinha mais na clínica, aliás o que tem bastante lá é recepcionista pra informar que não tem médico, não tem raio-X, que a recepção não pode ser informatizada pois os convênios – aqueles vários que ninguém conhece muito, mas que ajudam as empresas na sua “responsabilidade social” com os empregados, cobram baratinho e não oferecem quase nada, mas é “plano de saúde” – só aceitam guias em papel!
Sem alternativas lá fomos nós pra uma emergência de hospital público – SUS é meu único convênio – na cidade vizinha, pois não ia perder mais tempo indo ao hospital que geralmente está com raio-X quebrado. Chega, faz ficha, enchem o paciente de perguntas e espera o atendimento de 100° mundo feito por um clínico geral, (pra conseguir um especialista tinha que ir de madrugada tirar ficha) quase pedi desculpa por ter chegado em má hora e atrapalhado a novela que a atendente assistia enquanto colocava uma tala no pé da minha mãe, fora a falta de jeito pra tirar o raio-X, nem para um animal se dá aquele tratamento.
É claro que passada a fase crítica levei-a em uma clínica particular, foi constatada a fratura e colocada uma tala descente, pois a que haviam colocado sequer ajudou a desinchar o pé de tão mal feita, e agora é só seguir as orientações médicas – o mais difícil é mantê-la quieta, ela sempre foi muito ativa, ficar em cima de uma cama não é a praia dela, mas por enquanto tem se comportado bem. Meu marido tem sido um anjo, como tenho que trabalhar e ele tem um horário mais flexível sobrou pra ele os cuidados com a sogra – ainda bem que os dois se dão bem!
Normalmente já fico irritada com os serviços de saúde pública, entre outros, de tanto ouvir e ver notícias desagradáveis, mas quando é com a gente a revolta sobe a cabeça mesmo. Nesse final de semana soube que o filho de um primo meu, menino de dois meses, foi medicado para toxoplasmose por engano. Em meio ao tratamento o médico liga pedindo pra cancelar a medicação, pois eles tinham se enganado, não era ele o paciente, era outro menino. E aí fica a pergunta: será que o outro menino está bem? Ou ficou com seqüela por não ter feito o tratamento desde o nascimento?
Por essas e outras é que peço a Deus que nos conserve com saúde e longe de hospitais.


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Com essa alegria toda, se for em hospital público, só pode ser piada ou fofoca...

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